Quando por vezes vou a certos encontros e olho em redor e vejo a falta de comparência de adeptos nos campos espalhados por este país fora, pergunto porquê, ora todos os que estiveram ontem no Cacém, sem excepção perceberiam porquê. Com senhores tipo Carlos Cordeiro que mais não fazem do que apitar a tudo e a mostrar cartões atrás de cartões, não se estranha que as pessoas fiquem em casa.
Mas vamos ao jogo que no fundo era o que interessava a todos. O Cacém com muitas adversidades, com dois centrais adaptados, Vasco Franco e Ivan Menezes, que rubricaram uma excelente exibição, começou o encontro a tentar surpreender e logo aos 8 minutos Nuno Veludo centra para Casquinha rematar à figura de Casquinha. O Igreja Nova conduzido por um experiente Rodolfo não deixava de atacar e em dois minutos criou duas oportunidades de perigo, uma para defesa de Tecelão e outra em que a bola chegou a entrar na baliza mas golo prontamente anulado por falta sobre o guarda-redes da casa.
O jogo tornava-se incaracterístico com muita bola pelo ar, e jogado a meio campo e à passagem da meia hora o Igreja Nova domina e volta a criar perigo, com Bonifácio a atirar ao lado aos 30 minutos e aos 36 minutos num livre directo a rasar o poste com Tecelão batido. Chegava-se aos últimos cinco minutos e novamente numa jogada pelo lado esquerdo o Igreja Nova remata à malha lateral. E aos 42 minutos depois de uma falta clara não assinalada sobre Casquinha em rápido contra ataque, o Igreja Nova chega ao golo por Bonifácio. Ainda antes do intervalo falha clamorosa de um jogador do Igreja Nova após remate ao poste, daqueles lances inacreditáveis.
Para a segunda parte João Raimundo altera o ainda onze com a entrada de Matias, que iria dar mais vivacidade ao ataque, pois Nuno Veludo e Rodinhas ontem muito desinspirados o não conseguiam fazer. E nos primeiros minutos do segundo tempo o Cacém rematou por duas vezes, Casquinha de cabeça ao lado e Pedro Augusto a passe de Matias atira ao lado. Então começa a aparecer a figura do encontro, o Sr. Carlos Cordeiro expulsa Vasco Franco por acumulação de amarelos numa falta normalíssima, e começa aí a distribuição de cartões talvez por estarmos em época natalícia. O Cacém a perder e com menos um não desiste e Casquinha em esforço atira ao lado. Nesta segunda parte , o árbitro dominou e aos 29 minutos expulsa Ivo Ribeiro e uns minutos depois Casquinha por palavras, espectáculo estragado por alguém sem as mínimas capacidades para dirigir um encontro de futebol. Com menos três elementos o Cacém nunca desistiu, João Raimundo ainda colocou o avançado Castor e num encontro totalmente partido o Igreja Nova ganhava natural ascendente e sem surpresas chegou ao 2-0 por Pedro Jorge, jogador que já passou pelo Cacém. Antes Tecelão por duas vezes negou o segundo golo aos homens do Igreja Nova mas não teve qualquer hipótese e o Sr. Cordeiro ainda motivou a gargalhada geral ao expulsar o central forasteiro Luís Freitas também por palavras, talvez pensando que o jogador ainda era do Cacém. Nos derradeiros minutos o Cacém numa insistência, Matias centra e Pedro Augusto finaliza, golo de honra muito merecido para os jovens do Cacém.Num encontro em que a experiência do Igreja Nova aliada às adversidades do onze inicial do Cacém e ao "trabalho" do Sr. Carlos Cordeiro foram decisivos para o desfecho final.
Para terminar uma palavra de apreço ao trabalho e atitude dos jogadores que nunca baixaram os braços e ao apoio dos sócios e adeptos do Cacém, que mais uma vez mostraram de que estão com a equipa.
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