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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Presidente Fernando Lopes no Jornal da Região

Jornal da Região de 4 de Dezembro

Numa semana particularmente conturbada para o Atlético do Cacém, mercê do anúncio do fim da equipa B e da polémica acesa com a Junta de Freguesia do Cacém, a assembleia-geral do clube, realizada na passada sexta-feira, ficou marcada pela demissão de Fernando Lopes. Depois de alguma contestação manifestada por um grupo de sócios, o presidente do Atlético do Cacém apresentou formalmente a sua renúncia ao mandato de dois anos, que iniciou em Março, alegando cansaço e falta de reconhecimento pelo seu trabalho. "Não é normal verificar tanta ingratidão", salienta Fernando Lopes numa carta endereçada ao presidente da assembleia geral, Jorge Aires. "Não reconhecerem o estado em que herdei este grande clube, contrastando com o estado onde hoje estamos é, pessoalmente, difícil de compreender", acrescenta. Fernando Lopes deixa ainda um recado à "oposição" interna, lembrando que nas últimas eleições concorreu "sozinho". "Nessa altura a oposição estava escondida, contudo, hoje apareceu, não respeitando as mais elementares regras democráticas e, mais elementar ainda, de civismo (...). São Pessoas desta natureza que, não reconhecem o bem que fizemos ao clube e nada agradecem, por isso,merecem ficar a falar sozinhas", conclui o presidente, prometendo continuar em funções de pura gestão corrente, até que nova assembleia "determine os moldes" da sua sucessão.

Jornal da Região de 27 de Novembro

Atlético e Junta do Cacém em rota de colisão

O anúncio da suspensão da equipa B doAtlético do Cacém caiu como uma bomba no seio do clube. Pior ainda, a Junta de Freguesia do Cacém, através do seu presidente, José Faustino, mostra-se indignada pelas acusações de falta de apoio ao clube, formuladas em conferência de imprensa, na passada semana. Fernando Lopes, presidente do Cacém, convocou os jornalistas para anunciar o fim da actividade da equipa B de seniores, que disputava o Distrital da AFL, baseando a decisão "nos elevados custos que o futebol vem somando" e, sobretudo, na "falta de apoios". Porém, segundo o dirigente, a razão maior prende-se com a "suspensão, por parte da Junta de Freguesia do Cacém, da cedência gratuita de um autocarro para transportar as equipas seniores do clube". "Sem este apoio, e para não prejudicar os sectores de formação, com mais de 340 atletas e que absorvem todos os transportes do clube, fomos forçados a tomar a opção de extinguir a equipa B. Para cada deslocação, o aluguer de um autocarro custa cerca de 400 euros e o clube não tem forma de suportar um valor semanal tão elevado", lastima Fernando Lopes. O dirigente acusa ainda a autarquia de ter decretado a suspensão da cedência gratuita do autocarro "de forma unilateral", de não ter em conta o trabalho feito pelo clube mais representativo da cidade e promete estar na próxima Assembleia Municipal para denunciar a situação. Ora, na Junta do Cacém, as palavras de Fernando Lopes foram mal recebidas, uma vez que os apoios concedidos ao Atlético do Cacém ultrapassam os 15 mil euros anuais. "O Atlético do Cacém é a instituição da cidade que recebe mais apoio da junta de freguesia. Têm três carrinhas novas, cujo leasing é inteiramente suportado pela junta. Ainda têm apoios ocasionais e a cedência gratuita de um pavilhão. Por isso, é inconcebível que nos venham lançar estas acusações", responde José Faustino.

Indignado ainda pelas insinuação de "totalitarismo" formuladas por Fernando Lopes, o presidente da autarquia vai ainda mais longe: "O que não admitimos é que uma instituição passe um cheque sem cobertura à junta de freguesia. Temos um cheque, desde Março, para ser liquidado e enquanto isso não acontecer não voltaremos a ceder o nosso autocarro ao Atlético do Cacém". Faustino aconselha o Atlético do Cacém a apostar em receitas próprias para suportar a sua actividade, "em vez de depender das autarquias, que já têm orçamentos limitados para fazer face a necessidades básicas da população". Certo é que a equipa B do Cacém já não jogou no passado Domingo, medida que deixa cerca de 30 jovens futebolistas sem actividade. "Vamos ver se ficamos por aqui...", ameaça o presidente do clube, que será confrontado pelos sócios, sobre a justeza da medida, na assembleia-geral do próximo dia 30.

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